2 Crônicas 32:1-19
O Livro
Senaqueribe ameaça Jerusalém
(2 Rs 18.13-37; 19.35-37; Is 36.1-22; 37.36-38)
32 Alguns anos mais tarde, e apesar da fidelidade do rei Ezequias a Deus, o rei Senaqueribe da Assíria invadiu Judá e pôs cerco às cidades fortificadas com a intenção de conquistá-las. 2 Quando teve a certeza de que Senaqueribe tinha o intuito de atacar Jerusalém, 3 Ezequias convocou os seus conselheiros e governantes para um conselho de guerra, tendo decidido tapar as fontes do lado de fora da cidade. 4 Para isso, mobilizaram uma enorme quantidade de gente que, para além desse trabalho, também se empenhou no corte das águas do ribeiro que atravessava os campos: “Porque acharia o rei da Assíria tanta água?”, diziam eles.
5 Seguidamente, consolidou a sua defesa, reparando a muralha, onde havia fendas, e levantando, junto às torres fortificadas, outra muralha do lado de fora. Também reforçou a construção da fortaleza de Milo, na Cidade de David, e mandou fabricar grande quantidade de armas e de escudos. 6 Mobilizou o exército e nomeou oficiais, mandando que se concentrassem nas campinas em frente da cidade, dizendo-lhes: 7 “Esforcem-se e sejam corajosos! Não tenham medo do rei da Assíria nem do seu poderoso exército, porque connosco está quem é muito maior do que ele! 8 O seu exército é grande, mas não passam de simples homens; nós temos o Senhor, nosso Deus, combatendo do nosso lado!” Estas palavras foram para eles de grande incentivo.
9 Senaqueribe, o rei da Assíria, enquanto sitiava a cidade de Laquis, enviou embaixadores ao rei Ezequias, com a seguinte mensagem dirigida ao povo de Jerusalém:
10 “O rei Senaqueribe da Assíria pergunta-vos: Pensam poder sobreviver ao cerco que porei a Jerusalém? 11 Não serve de nada que o rei Ezequias tente persuadir-vos a um suicídio coletivo, levando-vos a permanecerem na cidade, morrendo de fome e de sede, ao mesmo tempo que vos promete que o Senhor, vosso Deus, vos livrará do rei da Assíria. 12 O rei Ezequias foi quem mandou destruir todos os santuários pagãos sobre as colinas e ordenou que em Judá e Jerusalém se usasse unicamente o altar do templo, queimando apenas ali o incenso.
13 Não percebem que tanto eu como os outros reis da Assíria, antes de mim, nunca fomos impedidos de conquistar qualquer nação que atacássemos? 14 Qual foi o deus das nações já conquistadas que foi capaz de fazer alguma coisa para salvar essas terras? Digam-me o nome de apenas um que tivesse podido resistir aos nossos ataques. O que é que vos leva a pensar que o vosso Deus vos pode salvar? 15 Não se deixem enganar por Ezequias! Não acreditem nele. Repito, não houve deus, de nação nenhuma, que alguma vez tivesse sido capaz de salvar o seu povo da minha mão, nem dos meus antecessores; muito menos o vosso Deus o poderá fazer!”
16 O embaixador falou com desprezo pelo Senhor Deus e pelo servo de Deus Ezequias, com todos aqueles insultos. 17 Senaqueribe enviou, pelos embaixadores, cartas injuriosas contra o Senhor, o Deus de Israel: “Nenhum dos deuses das outras nações conseguiu salvar os seus povos das minhas mãos. O Deus de Ezequias também não conseguirá!”, escreveu ele. 18 Os embaixadores gritaram ameaças, em língua judaica, dirigindo-se ao povo que se juntara nas muralhas da cidade, tentando atemorizá-lo e desencorajá-lo. 19 Falavam do Deus de Jerusalém, como se se tratasse de um simples deus pagão, de um ídolo feito por mãos de homens.
Read full chapterO Livro Copyright © 2000 by Biblica, Inc.® Used by permission. All rights reserved worldwide.